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7.2.13

Tem o pescoço gordo é?

Pois que hoje cortei o cabelo. E ficou bem. E a cabeleireira não era parva, chata, molenga, não era dona de um cabelo de fugir, tinha um discurso coerente e pasmem-se gostou da ideia que eu levava fotografada no telemóvel e até era bem simpática.
É por isso que este é um post ao contrário. Hoje estou toda elogios. Que cá esta vossa amiga quando gosta brada aos sete ventos.
Quando entrei ainda ía pró tremeliques, que a minha pontaria com cabeleireiros, salões de beleza e afins é certeira e de repente vejo-me no faroeste em dia de tempestade de areia. Isso hoje não aconteceu. UFA!
Claro que não começou bem, e houve mesmo aquela altura em que eu pensei: “Pira-te! Pira-te! Paga meia lavagem de cabeça e desanda daqui para fora! Dá corda aos sapatos, JulietaEmília, go!”.
Ora que me sentei na cadeira das lavagens. Encostei a minha cabeça à pia (?), aquele bidé (?) para cabeças que tem um enorme defeito ergonómico o qual ainda ninguém resolveu.
Ora que logo após segundos já estava toda dormente, com uma dor nas costas gritante, prestes a espernear. E eu não sou piegas e muito menos “cuninhas”!
-Ai desculpe, mas eu estou cheia de dores… não vou aguentar… mimimimi… mimimimi!
- Ah isto é pouco ergonómico de facto, mas… você tem o pescoço gordo é?
Ó pessoas, só me deu para rir. Isto é apenas a confirmação da minha sina, da minha cruz, do meu karma, do meu destino. Ó altissimo do céu, da terra ou do inferno, o que é eu ando a pagar para me cruzar com “certas e determinadas pessoas”? Pescoço gordo? Yá, ó minha, é gordo é!
Lá me fizeram um chouriço para me acalmar as dores e para me manterem sentada, porque eu já estava disposta a mudar de posição e pôr-me de joelhos, rabo para o ar e cabeça enfiada na tina(?).
A pessoa das lavagens de cabeça era vigorosa e esfregou-me a cabeça à séria, molhou-me toda e algures a meio do esfreganço lançou-me uma mão cheia de creme amaciador para o nariz, olhos, bochechas…  tudo bem, pessoa, tudo bem, não faz mal, no fim limpa-se…
-Ai, não, limpa-se já!
É escusado dizer-vos que uma mão de luva de borracha, ENCHARCADA, me apertou a cara toda (É esta a sensação das crianças quando as assoamos! É isto! DESCULPEM, filhas! Agora sei!) e limpou tudo. Limpou e molhou, porque por mim abaixo escorreu um fio de água, grosso, gelado…
- Pronto já está!
Não está, cara senhora das lavagens, não está! Mas deixe lá isso! Que a esfrega que me deu deixou-me o cabelo num brinco! `Brigados!
A dirigir-me para a cadeira dos cortes ainda ouvi um diálogo de cortar à faca… pira-te Julieta! Paga a lavagem completa e pira-te!… um ex marido, e uma mulher, e o tribunal, e o diabo a cem, e TEMI, temi pelo meu cabelo, trunfa desgovernada, geneticamente correspondente ao abominável homem das neves, mas meu, e de preferência em condições… temi, porque este mundo das escovas está pejado de mulheres sofridas! E eu…bem comigo é o que se sabe, atraio cenas, por isso no cabeleireiro pio sempre baixinho, mulheres de tesoura na mão…CUIDADO!
Hoje correu bem e eu saí de lá virada para a direita, que isto de usar risco à esquerda foi chão que deu framboesas (eu sei… uvas e tal! Gosto de inovar).
Pessoas, hoje estou que nem posso com o meu cabelo novo! Giro vai ser quando eu o lavar, quando este emaranhado de fios secar ao ar em dias que saio de casa ainda a fechar os botões da camisola, porque o tempo que sobra PARA MIM de manhã é igual a zero vírgula cinco segundos, milésimos de coisa para uma mãe de duas crianças (E AINDA ME DIZEM DESPACHA-TE! Outro post, gente, outro post, querido marido!), aí teremos outra conversa. Hoje está muito fixolas!
Boa quinta-feira, cabeleiras amigas!

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